Quando vamos falar em saúde da mulher, precisamos sempre pensar em um sentido amplo, pois, o cuidado começa desde muito cedo quando ela tem a primeira menstruação. E, hoje em dia, os exames de imagem têm um papel muito importante na avaliação e investigação de doenças ginecológicas. Ao longo da vida, as mulheres passam por fases que precisam de cuidados em todas elas. Desde a primeira menstruação até a menopausa o corpo feminino pede atenção dobrada.
“Exames como o ultrassom transvaginal fez evoluir os cuidados ginecológicos trazendo para o dia a dia um exame simples e acessível que permite fazer a prevenção de diversas doenças, avaliar e orientar o tratamento de condições que comprometem a fertilidade, avaliar a gestação inicial e suas complicações, além de auxiliar no cuidado de pacientes que vão ser submetidas a tratamentos oncológicos mas ainda pretendem engravidar”, ressalta Dra. Sueli Rodrigues, médica radiologista na Radioclínica.
Esse exame é um dos principais para as mulheres, pois ele permite observar todo o sistema reprodutivo feminino, identificando alterações precoces nos ovários e útero. Normalmente, o que pode ser identificado pelo ultrassom é:
- Cistos de ovário;
- Ovários policísticos;
- MIomas uterinos;
- Endometriose;
- Gravidez ectópica;
- Causas de sangramento vaginal anormal;
- Investigação de dor pélvica;
- Avaliação inicial da Infertilidade;
Uma opção de tecnologia avançada nos dias de hoje é a ressonância da pelve, exame indolor e não invasivo, que tem nos mostrado de grande valor para esclarecer alterações detectadas no ultrassom. Como por exemplo, a avaliação de endometriose que é muito bem vista na ressonância pela sua capacidade de avaliação panorâmica de toda a pelve.
“Outra situação, são as malformações uterinas e mesmo condições como miomas, adenomiose que interferem na capacidade reprodutiva e podem ser bem vistas nas imagens de ressonância, mesmo em pacientes virgens, que não querem ser submetidas ao ultrassom transvaginal”, esclarece a dra.
A ressonância da pelve é capaz de avaliar bexigas e ureteres, trompas, ovários, útero, próstata, reto, regiões inguinais, vasos sanguíneos e linfonodos. Normalmente os médicos podem solicitar o exame para descartar o diagnosticar doenças como:
- Anomalias congênitas uterinas;
- Investigação de endometriose e adenomiose;
- Miomas uterinos complexos;
- Avaliação de cistos ovarianos;
- Inflamações e infecções nos órgãos pélvicos;
- Lesão ou trauma na pelve;
- Casos de suspeita de câncer.
Além disso, o papel da ressonância na investigação de cistos ovarianos suspeitos é indiscutível sendo a última palavra na avaliação de outras condições como o câncer de endométrio. Esses exames de imagem são fundamentais quando falamos em qualidade de vida da mulher e, precisam ser realizados de forma periódica para evitar o surgimento ou agravamento de problemas de saúde.
“A mulher precisa estar atenta aos sinais que o corpo dá e anualmente precisa realizar os principais exames para evitar doenças em estágio avançado. Quando diagnosticamos uma doença precocemente, a chance de cura e tratamento são altíssimas e a mulher consegue manter uma qualidade de vida”, finaliza Dra Sueli.
Dra. Sueli Rodrigues de Brito faz parte do nosso corpo clínico e foi co-autora do texto acima, ela médica radiologista, com Residência médica em radiodiagnóstico no Instituto de Radiologia de São José do Rio Preto/SP. Possui o Título de especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) a Associação Médica Brasileira (AMB) e é Membro titular do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR). Além disso, também é especialista em exames femininos e saúde da mulher.
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