De acordo com estudo divulgado no jornal estadunidense, Câncer, mais de 70% das mortes por câncer de mama num grupo de 7.000 pacientes ocorreram em quem costumava negligenciar a mamografia anual. Tal estudo reforça o principal objetivo desse exame – principalmente para quem tem entre 40 e 49 anos – que é salvar vidas. Segundo Blake Cady, professor da Harvard Medical School, metade das mortes aconteceram em pacientes que não chegaram a completar 50 anos, o que sugere que, provavelmente, essas mortes poderiam ter sido evitadas, caso a mamografia fosse feita a partir dos 40 anos, uma vez ao ano.
No entanto, pacientes de alto risco, com histórico de câncer de mama na família, podem começar a realizar exames preventivos até mesmo antes dos 35 anos. Por isso é tão importante que as mulheres conheçam bem os fatores de risco para o câncer de mama e procurem um médico especializado se identificarem que fazem parte desse grupo.
O fator de risco mais importante é ser mulher, entretanto, fatores como idade, histórico familiar e genética também contam muito. Existem ainda outras condições que aumentam as chances de desenvolver câncer de mama, como obesidade, sedentarismo, mamas densas, não ter dado à luz o primeiro filho antes dos 30 anos, consumo excessivo de álcool e fumo, primeira menstruação antes dos 12 anos, terapia de reposição hormonal etc. De acordo com o INCA, existem cerca de 60 mil novos casos de câncer de mama todos os anos no Brasil, sendo que as taxas de mortalidade continuam elevadas – fato atribuído ao diagnóstico tardio, quando a doença está avançada.
A mamografia é um exame radiológico para avaliação das mamas, feita com um aparelho de raio-X chamado mamógrafo. Pode identificar lesões benignas e cânceres, que, geralmente, se apresentam como nódulos ou calcificações. Este exame é usado para detecção precoce do câncer de mama antes mesmo de ser identificado clinicamente por meio da palpação. Ao se preparar para o exame, não se deve usar desodorante, perfume, nem pomadas nas axilas ou mamas. As joias e bijuterias usadas no pescoço devem ser removidas. Caso a paciente esteja grávida ou amamentando, deverá informar ao técnico e/ou médico responsável.