Você sabe o que o número em sua balança realmente significa?
Subir em uma balança nos mostra a combinação de tecidos que compõem nosso corpo. Esse peso pode flutuar ao longo do dia dependendo de nosso estado de hidratação, ou das roupas que estamos usando.
Por outro lado, a composição corporal revela as proporções dos diversos tipos de tecido que compõe nosso corpo. A gordura corporal é composta da gordura essencial (mínimo necessário para as funções fisiológicas) e da não essencial (valores entre 10-22% para homens e 20-32% para mulheres, considerados saudáveis). Já a massa magra é composta pelos ossos, tecidos, órgãos e músculo.
Uma composição corporal entre os valores recomendados sugere que você terá um risco reduzido de desenvolver doenças relacionadas à obesidade, como diabetes, pressão alta e até alguns tipos de câncer. Da mesma forma, valores abaixo dos mínimos recomendados afetarão o aporte de vitaminas para os diversos órgãos, seu sistema reprodutor, além de seu bem estar geral.
E como determinar sua composição corporal?! Ela pode ser estimada por várias técnicas, desde as mais simples, como uma fita métrica ou um medidor de pregas cutâneas, o cálculo do Índice de Massa Corpórea, entre outros, até testes mais complexos e precisos, executados por profissionais experientes.
A porcentagem de gordura avaliada pela Densitometria de Corpo Total – DEXA (Absortometria de RX de dupla energia) vem se consolidando como o exame mais preciso e reprodutível para determinação das massas magra, óssea e de gordura corporal.
É um método rápido, não invasivo, com mínima emissão de raios-X, permitindo, além da análise evolutiva precisa de cada indivíduo, a avaliação dos vários segmentos do corpo, como tronco e abdomen, e os membros separadamente, tornando-se uma ferramenta importante na determinação dos riscos relacionados à obesidade (principalmente à relacionada ao acúmulo de gordura intrabdominal) e nas avaliações para programas de condicionamento físico.
Por ser um método bastante reprodutível, as variações decorrentes das mudanças alimentares e de treinamentos nos programas de condicionamento físico podem ser avaliadas com bastante precisão, permitindo os ajustes necessários para adequação da porcentagem de gordura corporal e da porcentagem de massa magra desejadas.
Além dos índices relacionados ao risco metabólico, é possível a avaliação da massa magra apendicular, ou quantidade de músculo nos membros, que diminui fisiologicamente ao longo da vida, mais acentuadamente a partir da 5ª década. Porém, quando essa perda é muito intensa (a chamada sarcopenia) pode afetar a qualidade de vida cotidiana do idoso.