Muito se fala hoje em dia sobre a endometriose, uma doença ginecológica que vem afetando milhares de mulheres em todo o mundo. Mas, além dela, você também já ouviu falar da adenomiose?
Pois bem, podemos explicar a endometriose como o crescimento de tecido endometrial, que é o que reveste a cavidade uterina, fora do útero. Isso mesmo, e por mais que a pelve seja o local mais afetado, essas células podem crescer em diversos outros locais do corpo feminino, causando diferentes sintomas e dores intensas.
Já a adenomiose é quando o tecido endometrial cresce em excesso no interior da parede muscular do útero. É uma doença benigna, mas pode afetar significativamente a vida de mulheres.
“É fundamental reforçar que Adenomiose não é sinônimo de Endometriose. São condições semelhantes, visto que as duas são identificadas pelo crescimento desordenado do endométrio, porém, a localização do tecido endometrial é o que vai diferenciar uma doença da outra”, esclarece a Dra. Daniela Vaz Franco, médica radiologista da Radioclínica, especialista em radiologia abdominal e imagem da mulher.
Ambas podem ser doenças silenciosas e podem causar infertilidade, pois a inflamação pode ganhar proporções maiores e afetar o sistema reprodutivo feminino. “Os casos podem ser assintomáticos em algum momento. Por isso, é fundamental que a paciente fique muito atenta aos sinais que o corpo dá. Os sintomas podem ser minimizados ou até confundidos com sintomas do ciclo menstrual”, reforça Dra. Daniela.
Quando os sintomas aparecem podem ser:
Para a endometriose:
- Dor pélvica intensa durante o período menstrual;
- Constipação ou diarréia crônicas;
- Dor ás relações sexuais;
- Dores na região lombar, pelve ou vagina;
- Infertilidade.
Para a adenomiose:
- Dor pélvica intensa durante o período menstrual;
- Sangramento uterino anormal (alto fluxo menstrual ou sangramento fora do período menstrual);
- Aumento do volume do útero;
- Dor ás relações sexuais;
- Infertilidade.
Exames de imagem para o diagnóstico
Ultrassom para pesquisa de endometriose
O ultrassom é o primeiro exame que deve ser realizado na suspeita de endometriose. É realizado por via abdominal e transvaginal, para o qual deve ser realizado o preparo intestinal (limpeza leve do intestino) e estar com a bexiga moderadamente cheia. É o exame mais completo para o diagnóstico e acompanhamento da endometriose. Por meio do ultrassom o médico especialista consegue detectar focos de endometriose recente ou antiga em vários locais da cavidade abdominal e pélvica. O preparo intestinal é importante para que o médico possa visualizar melhor a parede intestinal do reto sigmóide (local frequente acometido mas pouco diagnosticado), além de facilitar a identificação de outras estruturas como: trompas e ligamentos uterossacros; ureteres e apêndice.
É por meio desse exame que o mapeamento da endometriose é obtido, pois serão analisados os rins, ureteres, bexiga, parede abdominal , intestino baixo e os órgãos pélvicos de rotina , útero, endométrio e ovários . É por ele que o especialista consegue identificar o tamanho, localização e extensão das lesões para que o ginecologista/cirurgião possa encontrar a melhor opção de tratamento para a paciente.
“É importante que o médico ginecologista solicite o exame com o nome correto e coloque a suspeita clínica de endometriose, visto que um exame transvaginal comum não oferece as mesmas possibilidades de diagnóstico para a endometriose”, esclarece Dra Daniela.
Ressonância magnética da pelve
“Já o exame de ressonância magnética vem para complementar o exame de ultrassom com uma imagem mais abrangente do útero, ovários e tecidos ao seu redor , sendo muito sensível para focos hemáticos (de sangue) nos ovários e útero, que podem gerar dúvida ao ultrassom e para aderências decorrentes de fibrose devido à endometriose antiga. Para a adenomiose a ressonância é ótima para identificar toda a zona juncional (local onde se desenvolve a adenomiose) e mostrar seu espessamento, irregularidade ou localização atípica”, complementa a Dra Daniela.
O aparelho de ressonância magnética da Radioclínica é moderno, possui altíssima sensibilidade, e sua tecnologia é de ponta, oferecendo uma imagem de qualidade para o diagnóstico. O médico especializado em imagem da pelve feminina está habituado a procurar e diagnosticar endometriose e adenomiose.
“Ambas doenças podem acometer mulheres de todas as faixas etárias, desde a adolescência até a maturidade. E elas também possuem tratamentos específicos que podem resolver os sintomas, principalmente a dor, melhorando a qualidade de vida da paciente e, preservando ou recuperando a infertilidade quando for o caso. Quanto mais cedo o diagnóstico melhor a chance de tratamento e preservação da fertilidade. O tratamento depende do grau de acometimento. Por isso, é fundamental realizar os exames e fazer o tratamento com médicos especialistas nesse diagnóstico. Sentir dor intensa durante a menstruação não é normal. Pode ser endometriose”, finaliza Dra Daniela Vaz Franco.
Vale lembrar que, é fundamental realizar exames periódicos, e mesmo assim, ao sentir qualquer desconforto ou anormalidade, procure um médico. Não negligencie a sua saúde, nenhuma dor é inofensiva.
Dr. Daniela Vaz Franco faz parte do nosso corpo clínico e foi co-autora do texto acima, ela é médica radiologista, membro titular do colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), com Residência médica em Radiologia e Diagnóstico por Imagem pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia e Pós graduação em Radiologia Abdominal pelo Hospital Albert Einstein. Além disso, a doutora também é especialista nos exames para diagnóstico de endometriose e adenomiose.
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